Dia 26 de setembro

 

 

"... mas no dia da adversidade considera".

Eclesiastes 7.14.

 

O texto das Escrituras que iniciamos nos ensina que: "No dia da prosperidade regozija-te, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez tanto este como àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele". A nossa alma deseja o dia da prosperidade; como deseja; clama por ela, aspira que ela permaneça para sempre, e rechaça qualquer adversidade. A nossa alma não deseja a humilhação, a espera, a necessidade ou qualquer coisa que traga sofrimento, somente o que traz prazer.

Quão pobre seria para a vida cristã se não houvesse a dia da adversidade. Ao invés de chegarmos ao estado de homem feito, seríamos encontrados como crianças mimadas. Nosso Pai que é sábio, não permitiria tal tolice: "E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, e não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela" Hebreus 12.5-11.

Caso sofrêssemos todo o tempo a disciplina por parte do Pai, isso nos desanimaria: "Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo" Colossenses 3.21. "Verdadeiramente que a opressão faria endoidecer até ao sábio, e o suborno corrompe o coração" Eclesiastes 7.7.

Mas entre os dois tempos - para o cristão que deseja ter uma vida em crescimento espiritual - o melhor tempo é o tempo da adversidade: "Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração" Eclesiastes 7.3. "Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã" Salmos 30.5.

Deus fez para nós tanto um tempo quanto o outro, mas eles sempre estarão em situações opostas. Um alegra a alma e é temporário, mas o outro faz melhor o coração e é eterno: "E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" Lucas 12.19-20. Deus fez tanto um quanto o outro, para que ninguém saiba o que há de vir depois dEle.

Não importa qual tempo Deus tem preparado para nós (Eclesiastes 3.1). O importante é sabermos que tudo provém dEle, e que tudo o que vem dEle é uma boa dádiva, é um dom perfeito (Tiago 1.17); todas as coisas contribuem para o bem (Romanos 8.28): "Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias. Porque não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens. Porventura da boca do Altíssimo não sai tanto o mal como o bem?" Lamentações 3.32-33 e 38. Essas são bênçãos que procedem do abismo: "...o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus, com bênçãos do abismo que está embaixo..." Gênesis 49.25.

Todas são bênçãos; o que precisamos é de sabedoria para entendermos e usufruirmos essas bênçãos: "Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor" Eclesiastes 7.12. Amém.

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