A NOSSA CRUZ POR ELE

 

Jesus certa vez disse aos seus discípulos que a sua comida era fazer a vontade do Pai, a vontade daquele que o tinha enviado. Qual era a vontade do Pai? Ele diz em seguida: realizar a sua obra (João 4.34).

Qual era a obra de Deus em Cristo? Curar enfermos e libertar os oprimidos do diabo? Transformar água em vinho e dar pão e peixe de comer aos famintos e sedentos? Certamente que não. A obra que Ele veio realizar foi tomar a sua cruz: "E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia" João 6.39.

Seria incoerência Jesus dizer sobre ressurreição sem pensar em sua morte. É muito clara a vontade do Pai: que Ele desse a sua vida por nós, por aqueles que o Pai tinha dado a Ele.

Não foi uma obra do acaso Ele ter morrido naquela cruz, mas sim uma determinação de Deus: "E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído! " Lucas 22.22

Não foi o juízo do sinédrio que o condenou a morte, nem a autoridade de Pilatos, nem mesmo o poderio militar de Roma. Ninguém tirou a sua vida, mas Ele mesmo a deu pelas suas ovelhas: "Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou" João 10.18.

Aquela era a sua cruz, e Ele tomou a sua própria cruz  por nós: "Tomaram, pois, a Jesus; e ele, carregando a sua própria cruz, saiu para o lugar chamado Gólgota..." João 19.17.

Jesus neste mundo podia ter e fazer tudo o que desejasse. Tudo foi feito por meio dEle. Tudo era dEle, mas Ele negou-se a si mesmo e tomou a sua cruz por nós. O Senhor da glória perdeu tudo para nos comprar para Deus, para sermos seus. Aleluia!

Ele deu a sua vida e por ela fomos reconciliados com Deus, salvos, e recebemos vida eterna na ressurreição. Fomos abençoados com toda a sorte de bênçãos nas regiões celestiais em Cristo (Ef. 1.3). O seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade (II Pd. 1.3).

Podemos gozar como Ele de tudo o que temos recebido (I Tim. 6.17), mas agora Ele nos diz: "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á." Mt. 16.24-25.

Depois das boas novas de grande alegria, nos vem uma palavra que aparentemente nos traz tristeza: Não vivermos mais para nós mesmos, mas para aquele que por nós morreu e ressuscitou (II Cor. 5.15).

Mas a motivação que fez Jesus suportar a cruz deve ser a mesma nossa: o gozo proposto. "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus" Hebreus 12.2.

O que Ele perdeu foi temporário, e para nós também é temporário. Perdemos o que é temporário para ganhar o que é eterno. Perdemos coisas visíveis para ganharmos Aquele que é glorioso.

Como Jesus deu a sua vida para nos ganhar, nós perdemos a nossa vida para ganhá-lo. As aflições deste tempo presente não serão comparadas com a glória que em nós há de ser revelada (Rom. 8.18).

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