Dia 18 de fevereiro

 

 

"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si 

mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me". 

Lucas 9.23

 

Recebemos durante a nossa vida, através dos homens e da nossa religião, muitos ensinamentos das Escrituras; mas a primeira revelação verdadeira que recebemos do Espírito, é que morremos com Cristo: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida" Romanos 6.3-4.

A libertação de Jesus e nossa só foi possível, através daquela morte na cruz: "Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" Romanos 6.9-11.

A nossa morte com Cristo está consumada. Essa morte, é a morte do pecador, a morte do nosso velho homem, do nosso EU; e essa morte foi uma obra eterna: "Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos" Romanos 6.6-8.

O texto de Gálatas 2.20 nos diz: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim...". A palavra "logo" é uma conjunção conclusiva, que indica uma situação lógica e imediata dos fatos. É verdade que eu estou crucificado com Cristo; é revelação de Deus para mim. Se EU estou crucificado com Cristo, imediatamente, no tempo e no espaço, eu não vivo mais. Se EU não vivo mais, então quem é que vive? É Cristo que vive em mim, me revela o Espírito de Deus.

Onde então está o EU? Está crucificado com Cristo. E por que então ainda carregamos no nosso novo viver diário: EU quero, EU tenho, EU preciso, EU posso, EU, EU, EU? Porque não cremos definitivamente que não vivemos mais?

Jesus sabendo disso, nos ensina o que devemos fazer cada dia da nossa vida neste mundo: "E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará" Lucas 9.23-24.

Precisamos compreender que nosso EU estará presente todos os dias da nossa vida neste mundo; mas não sou mais EU quem vive, agora é Cristo quem vive. O viver que agora temos na carne, é para vivermos pela fé no Filho de Deus, que nos amou, e a si mesmo se entregou por nós. Morremos, não para vivermos mais para nós mesmos, mas para aquele que por nós morreu e ressuscitou (II Coríntios 5.15).

Todas as propostas que aparecem em cada situação da nossa vida neste mundo, é para o nosso EU; é para que o nosso EU viva, mas Jesus nos ensina como fazer com cada uma delas: "Negue-se a si mesmo". É para negarmos ao nosso EU qualquer proposta de desejo ou decisão. "Tome cada dia a sua cruz". Não é durante um período de tempo, mas cada dia, todos os dias. É para levarmos sempre e em toda parte o morrer de Jesus no nosso corpo, para que a vida de Cristo se manifeste. (II Coríntios 4.10). "E siga-me". Segui-lo é uma conseqüência natural de quem negou a si mesmo, e tomou a sua cruz.

Essa é uma palavra fiel: Não há como viver com Cristo, sem ter morrido com Ele: "Fiel é esta palavra: Se, pois, já morrermos com ele, também com ele viveremos" II Timóteo 2.11 (CMTHG), e não há como seguir a Jesus, se não negarmos a nós mesmos e tomarmos cada dia a nossa cruz: "E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal" II Coríntios 4.11. Amém.

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