Dia 22 de março

 

 

Sermão do Monte - Parte IV

"E, abrindo a sua boca, os ensinava...".

Mateus 5.2.

 

O sermão do monte é o marco que iniciou a caminhada de Jesus no seu ministério de ensino aos seus discípulos. Depois de separar seus doze apóstolos, percorreu toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino de Deus, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. Assim a sua fama correu por toda a Síria. De sorte que o seguiam grandes multidões. Jesus, pois vendo as multidões, subiu em um monte e passou a ensiná-las sobre o Reino de Deus.

E abrindo a sua boca, disse-lhes: "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno" Mateus 5.21-22.

O propósito eterno de Deus era fazer uma grande família à imagem e semelhança de seu Filho. Jesus é quem primeiro nos trouxe o nome do Pai e de irmãos: "Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus" Mateus 23.8-9.

Na sua morte, Jesus nos fez morrer para esta geração corrupta e perversa, e Deus nos fez nascer de novo pela ressurreição juntamente com Cristo, para a glória dos filhos de Deus: "Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição" Lucas 20.36.

A justiça dos escribas e fariseus era não matar. A justiça de Cristo, que excede a dos escribas e fariseus é amar. Ele nos deixou este mandamento: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" João 13.34-35. A lei dizia: não matarás. Jesus nos ensina que devemos amar uns aos outros e não se encolerizar contra o irmão, nem dizer que ele é louco ou qualquer coisa semelhante, e muito menos julgar o irmão.

Nenhum pai de família gosta de ver sua família dividida ou em contendas. Deus também abomina aquele que promove tal coisa entre os irmãos: "Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos" Provérbios 6.16-19.

Os verdadeiros irmãos, não devem ter questões entre si: "Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união" Salmos 133.1. Caso isso aconteça, não devemos nos encolerizar ou maldizer os irmãos, mas amar, suportar e perdoar: "Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe" Lucas 17.3-4.

Essa é a maneira como devemos andar na Casa de Deus, coluna e esteio da verdade: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição" Colossenses 3.12-14, e não se encolerizar, julgar ou maldizer o irmão. Amém.

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