Dia 22 de outubro

 

 

OS QUE PERDEM A FESTA

 

 

Aparte dos pecados, há uma segunda razão pela qual nós podemos perder a festa. Nossa atitude egoísta e fria para com nossos irmãos.

Em Lucas 15:11-32 está o relato do "filho pródigo". Neste relato, o pai representa a Deus, que é bom, misericordioso e perdoador, o filho maior representa ao fariseu que quer ser reconhecido por sua justiça e do que não tem amor por seus irmãos, e o filho menor representa o pecador arrependido.

Neste relato fica manifesto os corações desses três personagens. Quando o menor volta de seu extravio, o pai manda fazer uma festa pela chegada do que se tinha perdido e é recuperado. Mas o irmão maior sentia muito diferente do pai. Ele estava enojado pelo que tinha feito seu irmão, e então ele declara o que parece sempre esteve pensando; fica manifesto seu coração ferido, e começa a mostrar seu currículo, reclamando seus direitos.

Ao ler este relato nos chama o atenção ver que o filho maior não conhece bem o coração de seu pai, porque se o tivesse conhecido, não lhe teria surpreendido o recebimento dado a seu irmão. Ao que parece, ele estava habituado só a obedecer ordens (v. 29: "Jamais te desobedeci"). Não conhece a tristeza do pai pelo filho ausente; nem a esperança que cada manhã tinha de vê-lo retornar. Ele se refere a seu irmão menor de maneira menosprezadora. Disse ao pai: "Mas quando veio este teu filho", como dizendo: "É teu, eu não tenho nada a ver com ele". Não lhe chamou "meu irmão".

Muitos de nós temos este tipo de coração, seja quando um irmão nos defrauda, ou cai em algum pecado, ou não pensa como nós. Afastamos-lhe de nosso coração, e quase não lhe consideramos irmão. E caso se for, dá-nos o mesmo se retorna, e até nos gloriamos de nossa própria fidelidade ao Senhor. Assim, o irmão maior perdeu a festa, o gozo, a dança, o banquete, por seu egoísmo, por suas raízes de amargura, e porque pensava que ele tinha a razão, e não seu pai.

As vezes, nós fazemos o mesmo, cremos que as coisas devem ser bem como nós o pensamos, e com esta atitude, estamos quase dizendo ousadamente: "Eu sou mais sábio do que o Pai".

Devemos soltar essas ataduras, e olhar o coração do Pai, que é bom e misericordioso, e o único que quer que nós gozemos com nosso irmão menor. Ele nos quer ver juntos, por isso diz: "Lhe rogava que entrasse". Ele queria que seus filhos se reconciliassem, que se perdoassem, que participassem juntos do regozijo. Só assim seu gozo seria completo.

Isto é, sem dúvida, o mais grave. Quando recusamos participar da festa por pequenez, afligimos o coração do Pai. O Salmo 133 diz que é bom estar os irmãos juntos e em harmonia, porque ali, o azeite que desce desde a Cabeça, que é Cristo, atinge todo o corpo, a Igreja.

Não percamos a festa. Arrependamo-nos de nosso coração egoísta, frio e menosprezador.
 

Cézar Albino - Igreja em Temuco - Chile

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