Dia 26 de janeiro

 

 

"E o Espírito e a noiva dizem: Vem.".

Apocalipse 22.17.

 

Depois da criação de Deus, as Escrituras praticamente inicia com uma união, um casamento: "E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" Gênesis 2.23-24.

As Escrituras inicia com um casamento e termina também com um casamento, isto é, as bodas do Cordeiro: "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou" Apocalipse 19.7.

O primeiro casamento tinha uma figura das bodas de Jesus Cristo. Sem entrar em detalhes, o que o Senhor quer nos mostrar, é que o Senhor sempre quis com o homem uma intimidade. Não uma intimidade de amigo, mas muito mais do que isto, de marido e mulher: "Leva-me tu; correremos após ti. O rei me introduziu nas suas câmaras; em ti nos regozijaremos e nos alegraremos; do teu amor nos lembraremos, mais do que do vinho; os retos te amam" Cantares 1.4.

Deus se fez carne para ter a mesma natureza do homem, para que a sua intimidade fosse da mesma natureza. Primeiramente, Deus o fez pecado por nós, para depois nos fazer à sua imagem: "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" Romanos 8.29. Isto porque era impossível ter uma intimidade plena entre Espírito e carne.

Quando Deus criou o homem e a mulher, Ele mostrou por aquela figura qual era o seu propósito com o homem. Depois quando tomou Israel, tomou-o já como sua esposa: "Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR" Jeremias 31.32

Tanto foi assim que quando Israel foi infiel ao Senhor, a sua infidelidade foi comparada a de uma mulher adultera: "Foste como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos. A todas as meretrizes dão paga, mas tu dás os teus presentes a todos os teus amantes; e lhes dás presentes, para que venham a ti de todas as partes, pelas tuas prostituições" Ezequiel 16.32-33.

Não há como conhecer o Senhor se não for intimamente. Este relacionamento íntimo requer amor. Este amor do Senhor aspira por nós até o ciúmes: "Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?" Tiago 4.5.

O desejo do Senhor não cessou. Agora esta intimidade, Jesus já a possui com a sua noiva. O Senhor pode ter misericórdia e usar de graça para com todos, mas a sua intimidade é só para a sua noiva: "Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade" Provérbios 3.32.

Neste relacionamento de Cristo e Sua Igreja, há uma comunhão bendita do Espírito. Ele é que capacita a noiva, adornando-a para a comunhão santa neste momento, e para as bodas futuramente. O Espírito, que é Deus, a entregará a Cristo, como uma virgem pura: "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo" II Coríntios 11.2.

Quando ela estiver pronta, sem ruga nem mancha, mas santa e irrepreensível, então o Espírito em comunhão com a noiva dirão: Vem meu amado, e Ele virá. Amém.

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